Dupla multicampeã leva o Sampaio Corrêa à fase final da Taça Santos Dumont

Wescley e Edinho trazem estudo e experiência ao Sampaio Corrêa na Série A2 do Campeonato Carioca

O Sampaio Corrêa ainda não conquistou títulos esse ano. Mas no banco de reserva tem dois profissionais que estão acostumados a levantar canecos e que já chamam atenção na nova função. O treinador Wescley Gonçalves, ex-zagueiro do Vasco e Corinthians, e o auxiliar técnico Edinho, ex-volante do Fluminense e Internacional, estão no comando do galinho da serra, que disputa nesta quarta-feira (08), às 15h, as semifinais da Taça Santos Dumont, no estádio Ferreirão, em Cardoso Moreira.

Wescley está há três anos no Sampaio Corrêa. Chegou em 2019, através do Supervisor Luis Antônio, que por anos dirigiu as categorias de base do Vasco da Gama e havia trabalhado com o defensor no cruzmaltino. Veio para o Sub20 e ficou no profissional como auxiliar de Luciano Quadros. Após a saída do treinador, assumiu interinamente e por pouco não se classificou para a fase final da Série B1 daquele ano. Na Copa Rio foi longe, até as semifinais, parando na Portuguesa nos pênaltis.

No ano seguinte retornou a função de auxiliar e passou dois anos dando suporte aos treinadores que passaram pelo Sampaio Corrêa. Até que neste ano veio a oportunidade de dirigir o galinho da serra. Romulo Gomes, presidente do clube, e Rafael Badá, Diretor, sempre tiveram esse perfil de apostar em nomes que estavam iniciando a carreira fora do campo e resolveram efetivar Wescley no comando técnico da equipe.

– Todas essas experiências que tive desde de que cheguei ao Sampaio Corrêa em 2019, no Sub20, e tendo essas oportunidades como interino e depois auxiliar fixo do clube me fez conhecer bastante o clube e isso é importante para algumas tomadas de decisão dentro do clube – disse Wescley, que completou:

– É minha primeira experiência como treinador de iniciar uma preparação. Está sendo uma grande oportunidade e experiência para mim estar à frente  do Sampaio Corrêa. Com o muito trabalho de todos da comissão técnica e dos jogadores, conquistamos a oportunidade de estar nessa fase da competição.

Como jogador Wescley colecionou títulos, entre os mais expressivos o Campeonato Brasileiro de 2005, pelo Corinthians, no timaço que tinha nomes como Tévez, Mascherano, Roger, Carlos Alberto, entre outros. Além de trabalhar com o grupo a parte técnica e tática, Wescley busca ajudá-los com a experiência adquirida em campo.

– Tenho buscado estar bem próximo dos atletas, buscando realmente uma parceria. Tenho tentado passar um pouco da minha vivência, experiências que passei, contando umas resenhas, ouvindo bastante os jogadores, que é importante essa interação. O futebol é um processo de ensino e aprendizagem, é claro passando sempre a gana por vitórias, sucesso, conquistas e títulos.

Além do conhecimento dentro de campo, Wescley vem estudando muito para crescer ainda mais dentro da profissão. O treinador faz cursos e assiste a muitos jogos no Brasil e exterior, buscando estar antenado a toda evolução que o futebol traz dia após dia. Admira Ancelotti e Abel Ferreira, entre outros.

– Eu quando decidi parar de jogar e seguir no futebol eu decidi que deveria buscar os conhecimentos teóricos que não tenho, estou sempre estudando, lendo, vendo jogos, criando treino. Busco fazer análises dos meus jogos, dos meus treinamentos, fazendo cursos para cada dia mais estar antenado ao que está sendo feito de mais moderno em termos de treino e maneira de jogar. Eu tenho consciência que só o fato de ter jogado em alto nível não me credencia a ser um bom treinador, aliado aos meus anos de vivência no futebol, de conhecer vestiário de entender um pouco a cabeça e as manias de jogador, eu precisava aliar aos estudos para poder agregar e assim criando a minha filosofia de trabalho.

Após pendurar as chuteiras em 2020, Edinho decidiu este ano trabalhar no futebol. Nada melhor do que em Saquarema, onde o ex-volante campeão da Libertadores e Mundial com o Inter, além de campeão Brasileiro com o Fluminense, tem muitos laços. O auxiliar técnico jogou junto com Rômulo Gomes, presidente do Sampaio, no Barreira (atual Boavista). Amizade de mais de 20 anos.

– Eu e o Rômulo jogamos juntos no Barreira, somos amigos. O meu primeiro jogo como jogador foi no estádio Elcyr Resende de Mendonça (antigo Barreira) e o meu primeiro jogo estando em uma comissão técnica também foi no Eucyr. O Sampaio Corrêa é o clube ideal para poder começar nessa nova função, um clube sério e com uma boa estrutura. Estou muito feliz com essa oportunidade, tem sido um tempo de aprendizado fantástico. E também tenho passado um pouco da minha experiência como jogador para os atletas. Tô aproveitando cada momento de treinamento e jogos.

Apesar de não terem jogado juntos, o entrosamento entre os ex-defensores foi mais rápido do que se esperava.

– É um privilégio estar ao lado do Wescley que é um cara vencedor no futebol como jogador e agora iniciando uma carreira como treinador. É um cara com muito conteúdo, tenho aprendido bastante com ele. Com certeza será um grande treinador do futebol brasileiro. Ele tem me dado liberdade para fazer a minha função com os jogadores, estamos bem entrosados – finalizou.

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